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| 27 de janeiro de 2025
Por adminfreudiano
Olá,
Tudo bem por aí?
Chega um momento em que, mesmo rodeados de gente, a gente se sente sozinho de verdade. Sabe aquela sensação de olhar ao redor e pensar: “Ninguém me entende”? Pois é sobre isso que quero falar hoje — especialmente quando o luto entra em cena e a solidão se agiganta.
Vivemos em um mundo superconectado, mas, curiosamente, cada vez mais “desconectado” de vínculos reais. A solidão moderna, muitas vezes, não é a falta de pessoas, mas a falta de laços. É estar em meio à multidão e, ainda assim, sentir um vazio.
Exemplo para refletir:
Imagine alguém que perdeu uma pessoa querida, num momento em que já se sentia desligado de tudo. As mensagens de “meus sentimentos” chegam, mas não confortam. O café que antes era tomado em boa companhia vira um ritual melancólico, e a presença dos amigos não preenche a ausência de quem se foi. Ali, a solidão se mistura ao luto, e a dor parece infinita.
Por outro lado, existe a solitude. Diferente da solidão que corrói, a solitude é a escolha consciente de estar consigo mesmo — se aceitar, se escutar, perceber a própria respiração sem pressa. Pode soar poético ou “zen”, mas a verdade é que essa prática de ficar um tempo a sós fortalece nossa identidade e cria espaço interno para a gente se reconectar com o outro de forma genuína.
Dica prática:
- Experimente reservar dez minutos do seu dia para simplesmente estar em silêncio, sem celular ou distrações. Sinta-se, perceba-se. No começo pode ser desconfortável, mas, aos poucos, a mente se organiza e você aprende a distinguir o “isolamento” da “solitude”.
A saudade dói porque houve afeto. O luto é a prova de que aquela relação foi importante, deixou marcas profundas. E não há problema nenhum em sofrer, em chorar, em sentir falta. Na cultura do “felizes para sempre”, precisamos lembrar que o luto é humano. Ele não é castigo nem fraqueza: é sinal de que amamos e fomos amados.
O ponto crucial: se a solidão agrava esse luto — aquele café antes cheio de risadas virou só silêncio e lembranças — pode ser a hora de buscar apoio profissional ou de uma rede de amigos que entendam esse momento.
Janeiro Branco é o lembrete de que saúde mental não é frescura. É tão essencial quanto respirar. A gente fala sobre depressão, ansiedade, solidão e luto para que ninguém precise fingir que está tudo bem quando, na verdade, a cabeça (e o coração) pedem socorro.
Se hoje você sente que tudo dói, lembre-se: buscar apoio não é um fracasso, mas o início de uma travessia rumo à cura. Às vezes, descobrir que o verdadeiro suporte nasce dentro de nós — mesmo quando o mundo lá fora não oferece o colo que tanto precisamos — é o grande aprendizado dessa jornada.
No nosso próximo encontro, vamos mergulhar na psicossomática, entendendo como o corpo grita quando a mente insiste em se calar. Porque, sim, quando ignoramos nossas dores emocionais, elas acabam batendo na porta do corpo.
Fique de olho e não hesite em compartilhar essa mensagem com alguém que precise ouvir: a solidão pode doer, mas a solitude pode curar. E o luto, quando cuidado, pode abrir caminhos para um recomeço cheio de significado.
Até breve!
“Lembre-se: a capacidade de estar com você mesmo, em paz, é o que dá força para estar (e permanecer) com o outro de forma genuína.”
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