NEWSLETTER
| 1 de setembro de 2023
Por adminfreudiano
O mundo pode ser visto por diversos prismas.
Podemos olhar ele pelo viés político, social, cultural, pessoal, dos diagnósticos e das doenças, mas também podemos ver o mundo pelo viés dos afetos.
A grande questão aqui é que se existe afeto, logo, existe afetação, e por consequência pode haver também sofrimentos.
O afeto é esse que causa alegrias, esperança, sonhos e também sofrimento psíquico. Sofrimento este, que se apresenta de forma cada vez mais particular no nosso mundo moderno, e não mais somente, mas como histeria, transtornos obsessivos, ele vem transvertido nas neuroses, ou seja, nas dores cotidianas e mundanas e também a cada dia se encontra presente nas psicoses.
E quando passamos a falar sobre o afeto, nos libertamos, nos encontramos e podemos então buscar um bem estar.
Assim como a angústia se dissolve em palavras, o sofrimento também pode ser amenizado quando se encontra um bom ouvinte para suas palavras.
Mas, por que eu quero falar dos afetos e da possibilidades de ver o mundo por esse prisma.
Primeiro porque em grande parte no hospital e na clínica, aqui no Instituto Freudiano fazemos nossas leituras do mundo e seus sofrimentos por esse primas.
Mas como assim Paula?
Lembram da Sofia?
Em alguns momentos do nosso processo terapêutico entramos nessa porta, olhamos com esses olhos, já que ela repetia que tinha medo do olhar e julgamento alheio. Que não confiava nela mesmo.
E foi pelo amor que começamos a mudar essa história.
Quando ela compreendeu que poderia, assumir algumas responsabilidades e aceitar que o amor que sentia naquela época, por quem ela achava que era seu parceiro. Um fotógrafo, mais velho que vivia em outra cidade e que trazia para ela a luz e a calma para sua alma, seu mundo que antes era preto e branco começou a ganhar outros contornos.
Trabalhamos nas possibilidades e consequências de viver esse amor.
Nas opções que não vivê poderia trazer para ela, e essa desconstrução do que o outro pensa e acredita foi perdendo valor, a medida que sua vida e seus desenhos passaram a ganhar novos formatos e contornos.
Pensem comigo aqui uma coisa.
Um chines chamado Lao-Tsé disse a muuuuuuuito tempo que: “O maior presente que podemos dar ao mundo é a nossa própria transformação”.
E foi assim, através do amor que Sofia se reinventou.
Sofia se permitiu viver um amor, um amor que teoricamente e socialmente seria impossível para a maioria das pessoas, inclusive sua família, mas ela acreditou.
E acreditando permitiu-se encontrar por um momento a felicidade.
Durante uma sessão pedi novamente que fizesse um desenho, da mesma maneira que anteriormente (se não leu a última newsletter, me manda um email que vamos dar um jeito, ou dá uma conferida no nosso site), que retratasse o que ela sentia naquele momento da sua vida.
Então perguntei o que aquela Sofia sentia? “Ela abriu o sorriso e disse estar leve, feliz e livre.” Eu sorri junto a ela.
Encontramos uma reinvenção daquela menina triste.
Buscamos um motivo para sua transformação, para seu propósito e para sua existência.
Começamos a enfrentar suas resistências, seus medos, seus diagnósticos e seus afetos.
A sua história não termina aqui, assim como o processo terapêutico não termina no primeiro sinal de felicidade. Mas essa newsletter termina aqui…
Nos encontramos daqui 15 dias as 15:15 para encerrar a história de Sofia, mas se quiser compreender mais sobre reinvenção vamos ter um vídeo ainda essa semana no canal Instituto Freudiano
Instituto Freudiano transformando a experiência do cuidado .
Canal do Instituto https://www.youtube.com/@institutofreudiano
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