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| 12 de agosto de 2023
Por adminfreudiano
Boa tarde meu caros e minhas caras. Carinhosamente espero encontrar todos bem.
A ideia desta newsletter surgiu de algumas demandas, de alguns desejos e de alguns sonhos.
E quando conseguimos juntar esses três fatores, não tem como e nem para onde fugir, na verdade até tem, para preguiça e para procrastinação.
Entretanto esses são temas para outras escritas, hoje falarei sobre a diferença de ensinar e compartilhar experiências e conhecimentos.
Voltando ao que me fez decidir colocar em prática essa newsletter que vai chegar sempre a vocês.
Sobre as demandas, muitas pessoas têm interesses em que algumas experiências possam ser compartilhadas acima de 2200 caracteres e com uma profundidade que o Instagram não permite, e esse é um dos pontos do porque começar com essa diferença de ensinar e compartilhar.
O desejo, vem de compartilhar com pessoas que têm interesse, alguns pontos da jornada de alguém que sonha em mudar a vida de muitas pessoas, temos altos, baixos, acerto e erros e quase sempre isso fica camuflado.
A jornada meus caros, garanto é mais interessante que o ponto final, e sabemos que hoje as pessoas apenas olham o final, e muito se perde em não conhecer a jornada.
E o sonho, bom sempre sonhei eu sentada com pés para cima na minha Charles, tomando uma bebida gostosa, depender do horário, chá, café ou capuccino e quem sabe até mesmo vinho, lendo um jornal impresso, com aquele cheiro, a experiência da folha e a tinta na mão e um tocador de vinil ao fundo me agraciando com as notas daquele jazz.
Mas essas experiências não são mais possíveis, pelo menos aqui na cidade onde moro, não se entregam mais jornais físicos, mas o prazer de ler algo que pode mudar a vida continua, hoje em uma roupagem diferente, sem tantas experiências sensoriais, mas ainda com vontades que serão trabalhadas nas newsletter.
Mas enfim Paula, o que podemos tirar sobre ensinar e compartilhar.
Veja bem meus caros, quando ensinamos algo, precisamos pensar em métodos, cultura e momentos da própria cultura, colocando uma certa hierarquização no processo do ensino.
É a afirmação de um suposto saber absoluto transferindo o que sabe a você, sem falar que hoje, existem formas muito aprisionantes de vender o ensino, e pouca liberdade de se ensinar.
Parece que quase sempre temos que ficar presos a uma grade de currículos, de módulos, entre outros.
Quando compartilhamos, temos a impressão de que podemos ser mais livres, que a pessoa não está em busca exclusivamente de um currículo e de um certificado para comprovar horas, essa é uma das vantagens da formação psicanalítica, todas essas questões pressas das outras culturas são transferidas para ética e auto autorização do sujeito.
Você precisa ser bom, ético e saber o que está fazendo, embasado pelo seu conselho.
Lembrando a premissa de ser bom nessa área engloba um pequeno tripé, formação continuada (ou seja, estudo contínuo), análise pessoal (você precisa cuidar de você, para cuidar do outro) e supervisão (compartilhe com alguém o que pensa e da forma que pensa e veja se juntos acreditam que esse é um bom caminho)
E quando compartilhamos fazemos parte de algo e ensinamos ao mesmo tempo.
Todos que tiram tempo para olhar as minhas redes sociais @psicologapaulagoncaves, percebe que eu sou uma pessoa que anuncia e vivência que na vida sem constância e disciplina não se vai lugar algum.
Então quando estou dizendo que ultimamente ando preferindo compartilhar ao ensinar, não significa que irei fazer sem métodos, mudando a todo momento e apenas do jeito que eu quero.
Seria como jogar a minha vida e a minha carreira no lixo, sou formada nesta escola de disciplina e constância.
Mas, já não gosto mais do que precisa ser feito, apenas porque precisa ser feito, ou do que vai ser feito por dinheiro ou alguém quer que seja assim.
“Alivia no conteúdo porque está difícil; eu trabalho o dia todo; nossa prof a prova foi de matar, parece que até não gosta da gente.”
Esses comportamentos de quem ainda não incorporou a ética e a autorização, de que ainda não compreendeu que quem faz o seu caminho é você e não as aliviadas que alguém é obrigado a te dar, é essa parte do ensinar que já não deveria mais existir.
E cada vez mais a possibilidades de compartilhar, de trocar de viver a prática ao lado de alguém que vai te ajudar no caminho, que vai ser honesto, duro e flexível com você quando compete a ser cada um em cada momento.
Quando podemos ter tempo, para experimentar e experienciar o que falamos, o que trabalhamos, o que pontuamos, quando podemos refletir sobre tudo, esse modo, esse compartilhar me encanta cada vez mais.
E é por isso que decidi escrever a vocês, a princípio nas sextas feiras de 15 em 15 dias, as 15 horas e 15 minutos porque não quero “pesar na presença” e também vai que a sócia @psicologajoanasantos resolver compartilhar com vocês também um pouco das experiências dela.
Hoje quis contar como vai funcionar, o porque eu escolhi dar esse passo e o que quero fazer aqui, não quero catequizar ninguém por esse canal, quero que pelos compartilhamentos das experiências e vivências, e a sua reflexão que vocês mesmos se encarregam de ensinar algo a vocês.
E por falar em experiência, esse mês, vive um convite que para falar a verdade não espera viver, não dessa forma, já participei de histórias como essa como uma preceptora e nas consequências do ciclo da carga horária decidida por outro.
Mas dessa vez foi diferente, foi o cuidado de uma médica humana que quis dar aos seus pacientes a melhor experiência, compreensão e conforto, em um momento onde isso é difícil de enxergar.
Nos vemos em uma próxima …
Na #2 daqui 15 dias, vou contar quando fui convidada a cuidar de um casal que iria dar a luz ao seu filho natimorto.
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