Psicologia
| 30 de abril de 2020
Por adminfreudiano
Na vida profissional, é comum pararmos para olhar a nossa trajetória e valorizar aquilo que estamos fazendo. Durante a graduação, nem sempre temos dimensão das diversas áreas de atuação de um profissional como o psicólogo, que hoje está inserido nos mais diversos campos de trabalho, tais como presídios e hospitais. Por falar em hospital, este é um lugar onde sempre me pergunto sobre a importância de um psicólogo. A primeira placa que vemos ao adentrar nesse ambiente é o pedido de SILÊNCIO. Mas, não seria este um lugar onde as angústias também pedem voz? Sinto em afirmar que sim. Mas, nem tudo está perdido. Onde existe o psicólogo hospitalar, existe também essa possibilidade das dores serem realmente ouvidas e não só medicadas. É um setting muito diferente de atendimento, pois o profissional é quem procura, é quem se dirige à pessoa adoecida, para saber onde dói. Muitas vezes a dor física ali presente, não é páreo para a dor psicológica sentida mediante a perda da saúde. O que se pode fazer então no hospital, para ajudar esse paciente a falar sobre seu sofrimento? Um dos principais aliados é o bom vínculo terapêutico. É o manejo ao chegar, ao olhar, ao empatizar com o paciente que, realmente com muita paciência (ou não), espera pelo melhor tratamento e pela sua melhora. O psicólogo não deve se assustar com possíveis resistências pois elas existem em todo tratamento em que é necessário se abrir sobre intimidades, sobre coisas tão pessoais. Mas ao adoecer, nossas defesas também se diminuem, mesmo que sutilmente, e somos capazes de dar voz àquilo que realmente nos incomoda.
Você profissional de saúde, psicólogo ou estudante, acredite em sua capacidade de adquirir conhecimentos significativos em sua formação profissional e aprimore sua habilidade de ajudar e acolher. Esse é um bom passo para abrir cada vez mais espaço ao conhecimento e ter uma noção ampla de onde pode ser seu lugar de atuação.
Gabriela Castro – Psicóloga • CRP 04/50201
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